Quatro edis da zona Norte do país participam desde a passada terça-feira, no 8º
Forum Mundial sobre Resiliência Urbana. Trata-se dos edis das cidades
costeiras de Quelimane, Ilha de Moçambique, Pemba e Mocimboa da Praia.
A conferência que decorre
em todos os anos na cidade alemã de Bona reúne mais de 300 edis, pesquisadores
e parceiros de cooperação. Tem como objectivo partilhar experiências
e melhorar o nível de conhecimentos sobre resiliência urbana e adaptação climática.
Na abertura do evento, o
Presidente do Município de Bona, que também e co-patrono do evento, Ashok-Alexander Sridharan recordou que desde 2010 o
Congresso sobre resiliencia urbana tem sido uma plataforma valiosa para líderes
urbanos, pesquisadores e agências implementadoras, pois tem sido o local de excelência
para a concertação de ideias e estratégias de advocacia de assuntos urbanos que
posteriormente são levados para outros foruns internacionais.
Por sua vez a Secretaria
Executiva das Nações Unidas para a Plataforma da Convenção sobre Mudanças Climáticas,
Patrícia Espinosa, co-patrona do evento afirmou que estava positivamente
impressionada pela qualidade e diversidade, não só dos participantes mas também
dos painéis de discussão.
Para Espinosa, o congresso
era uma fonte de inspiração para a implementação dos Acordos sobre Mudanças Climáticas de Paris,
dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e da Plataforma de Redução de
Riscos de Desastres.
Sendai citou como prova, os
casos da agricultura urbana em 120 escolas da Cidade de Belo Horizonte no
Brasil, a experiencia da cidade de Iloilo nas Filipinas
que usam métodos inovadores para seguro de farmeiros, o caso do Plano Cloudburst de Gestão de Copenhaga, o caso das actividades de adaptação de Acra, Ghana entre outros.
que usam métodos inovadores para seguro de farmeiros, o caso do Plano Cloudburst de Gestão de Copenhaga, o caso das actividades de adaptação de Acra, Ghana entre outros.
Por sua vez, o edil de
Quelimane, Manuel de Araujo, em representação da delegação moçambicana,
apresentou a experiência da Cidade de Quelimane na organização do transporte
urbano (uso de bicicletas), apoio e criação da Associação dos Taxistas de
Bicicletas da Zambézia (ATAMOZ), a formação de grupos de aviso prévio nos bairros, a criação de zonas
de reserva ambiental, o plantio de mangais, a criação de mapas de
vulnerabilidades, construção de casas resilientes, a transformação de lixo em
adubo (compostagem) e a transformação de resíduos sólidos em bio gás, a limpeza
e construção de valas de drenagem através do projecto de apoio a Acção Social
do Banco Mundial como exemplo de medidas que estão a ser tomadas pelo município
de Quelimane.